Sete dos oito grupos pesquisados apresentaram aumentos de preços. Cigarros e refeições fora de casa aceleram alta do Índice de Preços ao Consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), iniciou 2013 em alta de 0,77% ante a taxa de 0,66% registrada no fechamento de dezembro de 2012. Sete dos oito grupos pesquisados apresentaram aumentos de preços, entre eles o de Alimentação (de 1,26% para 1,57%), com destaque para hortaliças e legumes (de 2,91% para 5,35%).
No grupo Despesas Diversas, o IPC-S passou de 1,60% para 2,20%, com influência, principalmente, dos cigarros, cujos preços voltaram a subir (de 3,85% para 5,09%). Em Educação, Leitura e Recreação, grupo que sempre ajuda a pressionar a inflação nesta época do ano, houve alta de 1,26% ante 0,64%.
Em Saúde e Cuidados Pessoais, a taxa atingiu 0,58% ante 0,50%, com alta nas consultas médicas (de 0,27% para 0,65%). No grupo Vestuário, o índice subiu de 0,60% para 0,64% e entre os itens que mais contribuíram para o aumento estão os calçados masculinos (de 0,77% para 1,18%).
Em Transportes, ocorreu ligeira alta (de 0,33% para 0,34%), sob o efeito da recuperação de preço dos automóveis (de -0,17% para -0,10%). Nas Despesas com Comunicação, a taxa passou de 0,03% para 0,04. Entre os destaques do grupo estão a mensalidade para internet (de -0,05% para 0,49%).
O único grupo com decréscimo foi Habitação (de 0,42% para 0,26%), com a redução de intensidade da tarifa de energia elétrica residencia (de 0,87% para 0,12%).
Os cinco itens com maior influência no IPC-S foram: refeições em bares e restaurantes (de 0,79% para 1,10%), cigarros (de 3,85% para 5,09%), aluguel residencial (de 0,67% para 0,66%), tarifa de táxi (de 8,54% para 5,11%) e plano e seguro-saúde (de 0,61% para 0,62%).
De acordo com Monica de Bolle, economista e diretora da Casa das Garças, a alta da inflação é uma evidência de que a economia brasileira não deve crescer além das projeções – o BC estima um crescimento de 3,26% em 2013. ” Vemos agora uma retomada da inflação, não só em alimentos. Ela é disseminada. Esse termômetro mostra que não temos capacidade de crescer nem 4%”, disse em entrevista a Època.
Fonte: REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA BRASIL
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