Conceitos como inovação e sustentabilidade são primordiais para a indústria de tintas. Tanto que a AkzoNobel, que detém a marca Coral, e a Basf, com a Suvinil, investem em ideias sustentáveis há mais de dez anos. As últimas novidades são produtos que visam melhorias de desempenho sem agredir o meio ambiente.
A linha Menos Sujeira, da Suvinil, por exemplo, reduz em até 70% os respingos de tinta no momento da pintura, facilitando o trabalho e evitando o desperdício. “Além disso, a tinta completa a linha de produtos sem cheiro. Trocamos a fórmula, substituindo a amônia pela amina, que é inodora”, conta o vice-presidente de tintas imobiliárias e repintura automotiva da Basf para a América do Sul, Eugênio Luporini.
Outra inovação da marca é a tinta com tecnologia bactericida, a antibactéria, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O produto reduz 99% das bactérias na superfície da parede por até dois anos. Mesmo após a lavagem do local, a tinta não perde seu poder de ação.
A Coral lançou uma tinta que garante poder reduzir, em até 20%, a conta de luz, a linha Decora Luz & Espaço. O produto proporciona 74% mais luminosidade aos ambientes, garantindo, desta forma, menor consumo de energia. “Ao chegar em casa no final da tarde, o cliente poderá encontrar um ambiente mais iluminado. Dessa forma, deixará para acender a luz alguns minutos depois”, diz a diretora de pesquisa e desenvolvimento da AkzoNobel, Elaine Poço.
O produto patenteado foi desenvolvido nos laboratórios da empresa, na Inglaterra. Há ainda a linha Rende Muito, que pinta até 500 m2 com uma lata de 18 litros. “A vantagem: o cliente pode diluir a tinta em até 80% de água e continuar com uma excelente cobertura”, explica Poço.
Em 2009, a venda dos produtos Eco-Premium – que englobam as linhas Decora Luz & Espaço e Rende Muito – representavam 20% da receita global da AkzoNobel. Em 2010, essa participação passou para 25% e a meta da companhia é chegar a pelo menos 30% em 2015.
Quando iniciaram o desenvolvimento de produtos sustentáveis, os fabricantes passaram a utilizar garrafas PET para produzir a resina usada em tintas e vernizes – para fabricar 3,6 litros do produto final, são necessárias cerca de cinco garrafas. A Basf retira, anualmente, 50 milhões de PETs de circulação, sendo responsável por 3% do consumo do produto reciclado no País.
Fonte: Valor Econômico
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