A crise bateu na porta de algumas empresas, o que parecia distante e especulação tornou-se real neste ano. Problemas no governo e a economia instável fez com que muitas empresas buscassem a Justiça para alongar prazos, conseguir descontos e assim sobreviver à crise e manter-se no mercado, na espera de uma melhora.
Mas mesmo buscando novas opções e tentando buscar uma renovação, houve um aumento de 6% nos pedidos de falência. Quem conseguiu manter-se nos últimos dois anos pode reparar que 2017 está bem melhor do que o esperado, mas mesmo assim, muitos não conseguiram se manter na praça. O motivo? Inúmeros. A economia afetou uma boa parte da população que se encontra em um momento de reestruturação, os gastos fúteis não podem mais existir com tanto luxo quanto antes, é preciso estar preparado para caso haja um novo problema. Além disso, o brasileiro passou a cuidar melhor do seu dinheiro e a investir no que realmente é necessário e o satisfaz.
Em fevereiro o número de pedidos para recuperações judiciais aumentou para 115, ou seja, 40,2%. Um número considerável em relação às requisições de janeiro e abaixo das requeridas do mesmo mês do ano passado. Os economistas da Serasa Experian apontam que os pedidos de recuperação judiciais de 2017 podem estar relacionados a redução acelerada das taxas de juros. A queda dos juros acaba por movimentar de forma favorável os processos de renegociação das dívidas corporativas. Só no ano passado foram 1.863 empresas que entraram com pedidos de recuperação judicial, desse número, 1.516 foram diferidas e 470 delas tiveram suas recuperações concedidas. Mas ao mesmo tempo em que 1.863 empresas buscavam um novo começo, o pedido de falência chegou a 1.852, com 721 decretos de falência concedidos.
Este ano parece estar indo muito bem mas a verdade é que 2017 está sendo muito difícil para a recuperação de empresas em crise. Criar estratégias de venda, investir em publicidade, buscar novos ares para o seu negócio, podem ajudar na tentativa de manter-se em pé e esperar que um novo e bom ano entre no calendário. É preciso estar o máximo possível em uma certa estabilidade e não realizar gastos fúteis para que 2018 venha com força total, engajamento de vendas e melhoria nos negócios. Caso contrário a sua empresa será mais uma na lista de pedidos de recuperação judicial ou até mesmo, nos pedidos de falência. Organização e estratégia são pontos chave para fazer o negócio rodar direitinho.
Em entrevista o especialista em gestão financeira de empresas em crise, Artur Lopes, afirma que em 2017 o número de pedidos de falência podem ser maiores. “As empresas que precisavam ser recuperadas já estão nesse processo. Agora é uma questão de sucesso ou fracasso. Infelizmente, muita gente vai ficar pelo caminho [falir]“.
Portanto quem esteve atento em 2015 e 2016 e achou que a crise econômica era apenas barulho do governo, especulações e acabou não se cuidando pode ser que agora, em 2017, esteja provando de perto o que estava sendo comentado. Donos de empresas, autônomos, precisam sempre estar atento ao que pode acontecer com o nosso país. Estudar o assunto, buscar novas fontes e entrar em contato com uma contabilidade de sua confiança para tirar dúvidas e manter-se atento à situação econômica e como ela pode afetá-lo. Esse é um meio de se precaver e buscar, desde já, novos horizontes e métodos para manter-se no mercado sem sofrer (muito) com o que pode acontecer. E por incrível que pareça, essa crise atual é uma das piores das nossa história.
Antigamente as empresas que se encontravam em crise podiam buscar soluções e medidas em outras instituições financeiras mas hoje são apenas quatro ou cinco bancos que encontramos no país, que podem te ajudar a mudar o cenário econômico de sua empresa.
Mas além da crise econômica do país é preciso destacar que as empresas agora não possuem apenas uma concorrência bairrista ou nacional, com o avanço da tecnologia muitos estabelecimentos estão concorrendo com empresas globais, que se sobressaem por estarem atentas ao processo de inovação do mercado e investem no marketing digital e outros caminhos que a fazem saltar na frente do concorrente. E não se engane, muitas dessas empresas não são gigantescas como pensamos, são muitas vezes pequenas empresas que souberam como trabalhar seu nome.
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