Escolha uma Página

Na comparação com igual período do ano anterior, foi o 14º crescimento seguido do índice

O faturamento real das micro e pequenas empresas paulistas registrou alta de 7,1% em fevereiro, na comparação com o mesmo período de 2012. Este foi o melhor resultado para um mês de fevereiro desde 2001.

Na comparação com igual período do ano anterior, foi o 14º crescimento seguido do índice. As informações foram publicadas nesta quarta-feira (17/4) pela pesquisa mensal Indicadores, do Sebrae-SP.

A receita total das MPEs do Estado de São Paulo somou R$ 42,8 bilhões, o que representa R$ 2,8 bilhões a mais do que em igual período de 2012. Na comparação com janeiro, houve aumento de 4,9%, uma alta de R$ 2 bilhões no resultado. Na média, cada MPE viu entrar no seu caixa R$ 27.387,93.

“O ritmo modesto do crescimento da economia brasileira não impediu que as MPEs tivessem bom desempenho. O impulso veio do consumo aquecido no mercado interno, que foi estimulado pelo momento positivo do mercado de trabalho e da renda”, explica Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP.

O setor de serviços foi o destaque em fevereiro, com avanço de 15,1% ante o mesmo mês de 2012. Já o faturamento da indústria aumentou 5,5% e o do comércio, 1,3%.

Entre as regiões, o faturamento das MPEs da cidade de São Paulo registrou o maior crescimento (22,2%). A região metropolitana vem em seguida, com aumento de 12,9%, e o interior do Estado com alta de 1,3%. No mesmo período de comparação, apenas o ABC teve variação negativa. O faturamento das MPEs locais encolheu 2,3%.

Expectativas

No terceiro mês do ano, 49% dos proprietários de MPEs no Estado de São Paulo acreditam que o faturamento de seus negócios ficará estável nos próximos seis meses e 35% esperam um aumento da receita, os mesmos índices de março de 2012. Outros 11% não souberam dizer como será o comportamento dos negócios nos próximos seis meses.

A maioria dos donos de MPEs paulistas (54%) também fala em manutenção no nível de atividade da economia brasileira. Em março de 2012, esse grupo era menor: 52%.

Já para 27% a perspectiva é de melhora. A parcela dos que esperam piora nesse indicador também cresceu: de 8% em março de 2012 para 9% em igual mês deste ano. Os que não sabem dizer como a economia vai se comportar são 10%.

Devem contribuir para a melhora do PIB o recuo da taxa básica de juros, a Selic, ocorrido em 2012, a desoneração da folha de pagamento das empresas, a redução da tarifa de energia elétrica e a desvalorização do real ante o dólar.

“Esse conjunto de medidas deverá reflexos positivos, inclusive no setor industrial, um dos que mais têm tido dificuldades para apresentar bons resultados. A variação no câmbio, que deixa os produtos nacionais mais baratos na concorrência com os importados, é um fator a ajudar nesse sentido”, explica Caetano.

Segundo Caetano, a manutenção da renda e da ocupação tem importante papel para assegurar o consumo no mercado interno. “As MPEs só têm a ganhar com os baixos índices de desemprego e a melhora nos salários. As famílias consomem mais e impulsionam os pequenos negócios. Porém, é preciso estar atento ao comportamento da inflação, fonte de preocupações, que pode fazer com que o Banco Central eleve a taxa de juros para reduzir o ritmo da atividade econômica e conter os preços”, pondera.

Além disso, a situação externa continua sendo fonte de preocupações. “Chipre e as dificuldades de financiamento do seu sistema bancário, a incerteza política na Itália e o baixo crescimento na Zona do Euro compõem um cenário de turbulência, que pode ser prejudicial ao desempenho da economia brasileira”, completa Gonçalves.

Esse contexto prejudica as exportações nacionais e as incertezas restringem o volume de investimentos, com consequências negativas para o País.

 

Fonte: Brasil Econômico