Inovação com tradição, garantindo um Brasil mais competitivo e sustentável. A afirmação parece presunçosa, mas é verdadeira na essência. Países da própria América Latina, não tão afortunados em riquezas naturais como o nosso, vêm usando esta ferramenta como forma de atingir, com sucesso, mercados sofisticados. Para comprová-la são necessários levantamentos históricos e culturais refletindo a notoriedade do produto. Experts alertam sobre o cuidado com a veracidade da existência do reconhecimento de uma indicação geográfica, fato que, em não sendo legítima, dificilmente uma IG terá êxito. Um severo regulamento técnico que lhe respalde é a peça-chave para a credibilidade, devendo conter todas as orientações, a que passe um produto até chegar à mesa do consumidor.
A rastreabilidade obrigatória para o processo de produção é que confere a almejada segurança alimentar. Dentre as indicações geográficas brasileiras, o Rio Grande do Sul tem o mérito de carregar a bandeira do maior número de indicações, pois somos cinco. Não bastasse este privilegio, é o primeiro estado brasileiro que possui uma indicação da espécie, Denominação de Origem DO – Arroz do Litoral Norte Gaúcho, conferida em reconhecimento por ter o melhor arroz do Brasil.
O fato acima exposto traz a responsabilidade de colocar para o consumidor um produto diferenciado e diferençável, não somente por ostentar um título, mas por efetivamente carregar atributos perceptíveis ao consumidor.
O trabalho é árduo e complexo, visto abranger amplo espectro de conteúdos a serem trabalhados. Sabemos que o assunto indicação geográfica ainda é pouco difundido no Brasil, mas temos consciência de que o consumidor de hábitos mais exigentes saberá reconhecê-lo, mesmo em se tratando de arroz. Estamos na construção de um processo novo, onde hábitos alimentares estão em transição, em razão da vida moderna. O tradicional arroz com feijão deve ser resgatado, principalmente em função da melhoria da qualidade dos hábitos alimentares.
O retorno às origens, onde atributos como paladar, apresentação e características culinárias sui generis começam a despertar interesse dos consumidores. Na alimentação sadia, dentre os diversos alimentos energéticos, aquele que apresenta melhor relação custo-benefício ao consumidor é o arroz. Conforme afirma o dr. Carlos A. M. Nascimento, médico de renomado saber nesta área, “o melhor alimento energético e mais compatível com o metabolismo humano é o arroz”.
Fonte: Correio do Povo
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