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A vida em condomínio exige forte senso de comunidade por parte de seus moradores. Se um único integrante do prédio causa algum dano à estrutura, diversos apartamentos acabam prejudicados. Por isso, é fundamental que todos cuidem e fiscalizem.

Itens que são de uso coletivo, como os elevadores, vidros, entre outros, merecem atenção de todos. Por isso, que tal tomar alguns cuidados frequentes para manter a qualidade das instalações em dia?

Síndrome do edifício doente

Embora pouco conhecida e discutida, a síndrome do edifício doente (SED) é uma teoria que surgiu após a Organização Mundial da Saúde realizar estudos sobre o assunto, na década de 1970. Na época, eram frequentes os problemas de saúde relacionados à má higiene, proliferação de fungos e outras doenças que vem da má gestão do edifício, em seus moradores.

De acordo com dados da OMS, a estimativa é que 30% de todos os edifícios do mundo sejam doentes, fazendo que seus usuários também adoeçam.

Os problemas estruturais acontecem por motivos variados. Seja por falhas desde a construção, má conservação, ou pela degradação que é o processo natural do prédio, é preciso prestar atenção. Isso tudo acarreta em consequências desagradáveis como infiltração, aparecimento de bolor, infestação de insetos indesejados, entre outros.

Infelizmente, quando essa falta de cuidado acontece, mais de um apartamento é afetado. O resultado é a queda na qualidade do ar, o que multiplica o risco de desenvolvimento de doenças e contaminações nos moradores.

A umidade precisa ser controlada o quanto antes, caso apareçam as infiltrações. Se deixar tomar conta, as paredes rapidamente vão acabar corroídas.

Para prevenir, é fundamental manter os ambientes ventilados e realizar a limpeza adequada dos cômodos, de todos os pisos e paredes. O condomínio deve se responsabilizar por realizar uma inspeção geral no prédio a cada cinco anos, para ter controle sobre os problemas e evitar.

Se a questão for baixa luminosidade e ventilação, o ideal é recorrer a um laudo técnico de um engenheiro ou arquiteto para resolver a situação.

Quedas de partes do prédio

Você consegue imaginar o perigo que é quando partes do prédio, ainda que pequenas, comecem a desmoronar? São pedaços de vidro, concreto e até aparelhos de ar condicionado que assustam e oferecem risco a quem está passando na rua.

Para evitar a situação, é preciso ficar atento a fissuras recorrentes de estrutura. Não apenas os responsáveis pela administração do prédio, mas também os moradores, precisam prestar atenção se a estrutura das fachadas apresenta pintura descascando, deformações e deplacamentos.

Enquanto isso, nas marquises, é bom ficar de olho em gotejamentos e falhas na impermeabilização, bem como manchas de umidade. Em revestimentos com argamassa e cerâmica, prestar atenção em sons de oco e ondulações é fundamental para identificar falhas e deterioração. Manchas esbranquiçadas podem ser sinal de água acumulada.

Por outro lado, é fundamental escolher com cuidado os materiais de instalação de vidros, a fim de evitar uma explosão ou um possível descolamento da estrutura. Ficar atento ao tipo de vidro escolhido também ajuda a definir a maneira de fazer a correta de realizar o monitoramento e a manutenção.

Problemas com elevadores: o que fazer?

É comum que elevadores de prédios apresentem problemas e, como se trata de algo extremamente técnico, muitas vezes acaba sendo deixado de lado.

Paradas repentinas, barulhos estranhos e falhas na hora de fechar as portas são alguns dos problemas mais frequentes. Além disso, em Balneário Camboriú, o contato com a maresia também contribui para a corrosão das instalações.

Devido à dificuldade de solucionar essas demandas, inclusive com questões mais simples como a reposição de peças, a recomendação é que o condomínio contrate uma consultoria especializada.

A adesão ao serviço proporciona economia e agilidade na manutenção dos elevadores. Assim, apenas trocas e consertos necessários são realizados no menor prazo possível, o que evita acidentes e aumenta o conforto dos moradores.

Responsabilidade do síndico

Embora seja dever de todos zelar pelo prédio, é o síndico que responde judicialmente em caso de irregularidade. Por esse motivo, em caso de algum acidente, o síndico deve prestar satisfação do trabalho realizado com objetivo de provar que não foi negligente.

As funções e obrigações de um síndico estão no artigo 1348 do Código Civil, fazendo que ele tenha o dever de diligenciar a conservação e a guarda das áreas comuns, pela segurança e pela salubridade. Caso algum problema ocorra, ele corre o risco de responder por omissão.

Outra questão é que a contratação de seguro por parte dos condomínios pode ser fundamental para evitar riscos de incêndio ou destruição, total ou parcial, principalmente se o prédio for vertical.