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Pesquisadores do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP), da USP de
Ribeirão Preto desenvolveram um filtro solar mais eficiente dos que existem no mercado. O produto é fabricado a base de fosfato de cério, que oferece mais proteção na absorção da radiação ultravioleta do que os óxidos de zinco e titânio, utilizados atualmente.

“Os resultados mostraram que o fosfato de cério apresenta alta absorção na região do UV e na avaliação do seu comportamento na presença de óleo, calor, fluxo de ar, presença de luz e agitação, constatou-se que, o óleo é menos degradado quando comparado aos óxidos de zinco e cério”, afirma a pesquisadora Juliana Fonseca de Lima,uma das autoras do estudo.

O pedido de patente foi feito no Instituto Nacional de Pesquisa Industrial (INPI) em 2008 e, em 2010, o grupo conseguiu o licenciamento. A descoberta pode ser utilizada em diversas formulações como loções, sprays, pomadas, géis, emulsões, e em produtos para cuidado dos cabelos como xampus, condicionadores, relaxadores, clareadores, desembaraçadores, géis, espumas na forma de spray, cremes modeladores, mousses, tintas, e produtos para cuidados da pele como cremes de barbear, loções pós-barba, cremes, sabonetes líquidos e em barra, e produtos para cuidados com as unhas, como esmaltes.

Algumas fórmulas estão em fase de desenvolvimento em um laboratório químico do Rio de Janeiro.

Segundo Juliana, até o momento óxidos de zinco e titânio têm sido usados como filtros UV inorgânicos, entretanto, eles apresentam dois grandes inconvenientes. O primeiro é que ambos manifestam elevada reação quando expostas à luz, que podem levar a sua degradação em cosméticos, por exemplo.

O fosfato de cério é encontrado em abundância no Brasil, na praia da areia preta em Guarapari, no Espírito Santo. O composto também é utilizado na fabricação de equipamentos de iluminação para a indústria cinematográfica, aplicações nucleares e metalúrgicas, catalisadores e fabricação de vidro.

Fonte: INPI