SÃO PAULO – O reajuste da tabela do Imposto de Renda para este ano é de 4,5%, sendo assim, a faixa de renda para isenção do recolhimento sobe de R$ 1.637,11 (2012) para R$ 1.710,78, em 2013. Entretanto, se a correção da tabela não estivesse defasada, desde 1996 (sempre corrigida abaixo da inflação oficial), a faixa de isenção chegaria aos que possuem renda de até R$ 2.784,81.

Os cálculos são do Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), que apontou que a defasagem na tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física está em 66,4%, (considerando o período entre 1996 e 2012), com base em informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que apontam o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 5,84%.

Na pesquisa, esse percentual de 66,4% foi obtido confrontando a variação do IPCA acumulada entre 1996 e 2012 (de 189,54%) com a correção na tabela do IRPF do mesmo período, de 73,95%, juntamente com a aplicação de um série de cálculos ao longo do período, conforme informou o Sindifisco.

De acordo com o diretor de Estudos Técnicos do Sindicato, Luiz Antônio Benedito, a instituição está oferecendo à sociedade, um esclarecimento para aquilo que incide sobre o contribuinte. “É uma forma de dar uma opção ao cidadão, para que pressione seus representantes e cobre deles uma alteração na política de tributação, pois, afinal, trata-se de uma questão para a qual não há transparência”, diz ele.

Contribuintes pagam mais

Benedito também ressaltou que com o IPCA em 5,84% e reajustes salariais que ultrapassam os 8% – muitos contribuintes passam a descontar IRPF, ou mudam de faixa de alíquota, e com isso pagam mais, pelo simples fato de terem melhorado seus ganhos nas datas-base

Fonte: Infomoney